Para muitos gestores, o sinal de alerta dispara imediatamente quando ouvem a frase “trabalho flexível”. Deixar as pessoas irem embora cedo? Confiar que elas vão trabalhar em casa? Isso não vai dar certo...
Não precisa ser assim! O uso do smartphone, a disponibilidade de redes corporativas privadas e o armazenamento de dados na nuvem possibilitam que as pessoas trabalhem de forma prática e eficiente fora do escritório – e confiar um pouco em seus colaboradores geralmente trará mais resultados positivos do que negativos.
Confira alguns modelos que têm trazido mais flexibilidade para empresas em todo o mundo:
TRABALHO EM MEIO-PERÍODO
É bem direto – colaboradores são contratados para trabalhar em período menor do que o integral. Isso pode envolver elementos de trabalho compartilhado, em que dois colaboradores trabalham em meio-período compartilhando a mesma função de um colaborador que trabalharia em tempo integral.
HORÁRIO FLEXÍVEL
Os colaboradores determinam uma carga de horas diárias e podem cumpri-las da forma que preferirem. Pode haver horas essenciais – por exemplo, das 10h às 15h – em que esses colaboradores devem estar no escritório ou disponíveis, mas, fora isso, podem trabalhar no horário mais adequado para eles.
TRABALHANDO DE CASA
Neste modelo, os colaboradores trabalham em casa – seja em período integral ou apenas em parte da semana. Essa modalidade pode envolver uma configuração de horário flexível, com alguns dias de trabalho em casa, começando e terminando mais tarde, por exemplo – tudo depende do motivo do colaborador para trabalhar de casa.
HORAS DE TRABALHO COMPRIMIDAS
As pessoas trabalham a mesma quantidade de horas do período integral, mas as comprimem em menos dias. Elas podem trabalhar 10 horas por dia, de segunda a quinta-feira, e folgar na sexta, por exemplo.
HORAS EM COMUM
Alguns colaboradores podem ter horários de início, intervalo e término diferentes dos outros. É como um trabalho por turnos, mas não exatamente, já que geralmente há um horário em comum – o período em comum pode ser de apenas uma ou duas horas.
HORAS ANUAIS
São como as horas comprimidas, mas distribuídas em um prazo maior. A carga horária total de um colaborador é calculada por ano, com horas essenciais que precisam cumprir por semana – mas podem escolher como cumprir o restante das horas. Essas horas extras podem também ser utilizadas para chamar os colaboradores em cima da hora quando houver demanda.
Benefícios para as empresas
Em 2016, a Vodafone publicou um relatório chamado Flexible: Friend or Foe (Flexível: Amigo ou Inimigo), uma das maiores pesquisas do mundo sobre o ambiente de trabalho. Após consultar 8 mil profissionais em três continentes, os resultados foram unânimes: otrabalho flexível funciona.
Entre as 75% das empresas no mundo que introduziram trabalho flexível de alguma forma:
83% viram um aumento na produtividade;
61% notaram um aumento nos lucros de sua empresa; e
58% afirmaram que as políticas melhoraram a reputação de sua empresa.
A pesquisa demonstrou que os Estados Unidos lideram o quesito trabalho flexível e que entre os 82% de empresas do país que implementaram políticas de trabalho flexíveis:
86% viram um aumento na produtividade;
58% notaram um aumento nos lucros;
77% perceberam um aumento no ânimo da equipe; e
61% notaram uma melhora no trabalho em equipe.
O trabalho flexível não funciona para todas as funções, todas as empresas e todos os colaboradores. No entanto, os números são bons – o trabalho flexível pode ter um impacto positivo na produtividade e na lucratividade, fazendo com que valha a pena explorá-lo de alguma forma nas empresas.
Leia aqui o artigo original no HR Review.