Você já usou o recurso da telemedicina? Sabia como é importante para quem trabalha na sua empresa.

Quais os benefícios da telemedicina?

13 Abril 2020

Sodexo, que já vinha se organizando para oferecer a tecnologia antes da pandemia, viu pedidos pela solução explodirem nos últimos dias

Como é o atendimento à distância?

Imagine que você acordou hoje com uma forte dor de cabeça. Pouco antes de começar a trabalhar, resolveu tomar um analgésico. Teve certo alívio, mas, passado algum tempo, a dor voltou. No fim do dia, ela encontrava-se bastante forte, mas sem outros sintomas associados. O que você faria? Iria ao pronto-socorro ou acharia melhor ser atendido por um médico por via digital, por meio da telemedicina?

Se você respondeu que evitaria a emergência hospitalar, provavelmente é porque, hoje,  os atendimentos de urgência dos hospitais estão sendo procurados por pessoas com sintomas de covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus.

Para evitar contágios desnecessários, os próprios profissionais de saúde indicam a pessoas adultas procurar o PS apenas em casos de febre de início súbito acompanhada de sintomas como tosse, dor de garganta ou, e especialmente, falta de ar. A melhor saída, portanto, é utilizar a rede de telemedicina, ou seja, fazer consultas médicas online.

Mas nem sempre foi assim – vivemos, afinal, tempos de exceção. Por questões culturais, pessoas que têm plano de saúde costumam ir aos atendimentos de urgência a qualquer sinal que o corpo dá. O Ministério da Saúde estima que isso aconteça com 50% a 70% dos beneficiários dos planos. Quase a metade dos casos, segundo cálculos de profissionais do segmento, poderiam ser avaliados em uma consulta especializada. Ou por serviços de telemedicina, que conta com inúmeras vantagens.

Um projeto para o uso da tecnologia foi aprovado, em caráter de emergência por causa da pandemia mundial, na Câmara dos Deputados e no Senado. Agora, aguarda sanção do presidente. O projeto autoriza que os médicos façam consultas a distância e, também, emitam receitas médicas pela internet. É a chamada telemedicina! E as instituições já estão sentindo aumento da demanda pelo serviço. O Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, por exemplo, viu suas teleconsultas diárias saltarem de 80, antes da pandemia, para 600.

O que é telemedicina e como ela funciona?

“Telemedicina é um produto derivado da telessaúde”, explica a executiva Claudia Rizzo, da Sodexo. "O serviço de telemedicina usa ferramentas tecnológicas, de comunicação a distância, que são aplicáveis à medicina de modo geral, e é dividido em teleconsulta, feita com um médico via celular ou computador, e telediagnóstico, que é o envio direto, via digital, de exames feitos em laboratórios para o médico avaliar.”

Claudia explica que o telediagnóstico já é uma prática usada com frequência no país. “Não é mais preciso imprimir exames de imagem, radiografias: o paciente recebe uma senha do laboratório e já a encaminha para seu médico”, diz.

Já a teleconsulta, antes vista com olhar de desconfiança, começa a ganhar adeptos com a regulamentação da telemedicina. “Nesse modelo, que pode funcionar por meio de um aplicativo específico ou de uma plataforma como as de teleconferências, médico e paciente são colocados frente a frente para uma consulta, como as que são feitas em consultório. O paciente faz suas queixas e, desde que não sejam necessários exames físicos como um raio X, ele pode receber o diagnóstico e a prescrição de tratamento”, diz.

A tecnologia já é usada fora do país, em locais como Estados Unidos e China, além de nações europeias. “O Conselho Federal de Medicina já havia feito uma regulamentação para a prática no país da teleconsulta, estabelecendo algumas diretrizes, desde questões éticas até os tipos de medicamento que poderiam ser prescritos e o detalhamento protocolar”, diz a executiva.

A regulamentação estava esperando avaliação no Ministério da Saúde quando fomos surpreendidos pelo novo coronavírus. “Já havia várias solicitações de empresa grandes e importantes, como o Hospital Israelita Albert Einstein, e startups bem evoluídas nessa questão de telemedicina para a regulamentação. O ministério então reuniu-se em caráter de urgência, analisou a portaria do CFM e a homologou.”

A decisão sobre a telemedicina é temporária, mas dificilmente, acredita a executiva da Sodexo, a portaria deve ser revogada. “Muitas coisas podem ser resolvidas através da telemedicina”, avalia Claudia Rizzo. “Perícias médicas do INSS, por exemplo, em algumas circunstâncias, são resolvidas com teleconsulta. O médico pode realizar a consulta de uma pessoa por meios virtuais e ver se ela está ou não melhor de uma doença que tem recorrência de anos.”

A salvação para os custos dos planos de saúde?

Outro problema que a telemedicina pode resolver – e que já estava sendo debatido há algum tempo – é a redução dos custos de planos de saúde. “Especialmente na Sodexo, onde trabalhamos uma linha de produtos com ênfase em qualidade de vida, bem-estar e saúde, estamos sempre procurando produtos que ajudem a fomentar isso nas empresas clientes”, conta ela.

“No ano passado, já começamos a trabalhar em parcerias com o Einstein e TEG Saúde para construir uma solução de telemedicina para oferecer aos nossos clientes”, afirma. Não tinha nada a ver com isolamento social, já que foi bem antes: o que a empresa queria era fazer melhor gestão da utilização dos planos de seguro saúde de suas empresas clientes.

“A medicina privada no mundo todo é muito cara e já estávamos passando por um momento muito crítico dos planos e seguros saúde, simplesmente porque a conta não fechava”, ela diz. E explica: “Aqui no Brasil, brinco que plano de saúde ou seguro saúde é um cheque em branco na mão do usuário: a empresa dá o benefício para o colaborador e, se ele for para o hospital e gastar 100, mil, 10 mil ou 1 milhão de reais, o plano vai cobrir”.

Quem paga essa conta é a seguradora ou a operadora do plano e a empresa, que têm que fechar entre si um valor que seja aceitável para ambas. “A telemedicina pode ajudar nesse sentido, evitando o uso do pronto-socorro deliberadamente.”

Na própria Sodexo, o aumento de procura das empresas parceiras por esse tipo de serviço cresceu, calcula Claudia sem dados oficiais ainda, cerca de 300%. “Temos dois parceiros que já oferecem o serviço e mais dois ou três que implementaram agora. Neste momento, estamos em vias de implantar em algumas empresas clientes.”

Para a executiva, a telemedicina deve ser um dos legados da pandemia de covid-19 – embora nem de longe o maior deles. “Espero que haja um legado de humanidade. Que retomemos um sentimento de inquietude, de sentir quando o outro sofre, de empatia. De percebermos que colaborar é muito melhor.”

logo-draft.png O artigo sobre a regulamentação da telemedicina é resultado uma parceria da Sodexo com o Projeto Draft..  

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