O que desencadeou a onda de demissões voluntárias nas empresas? Entenda este fenômeno

O que é a Grande Renúncia e como evitar que esse fenômeno chegue até a sua empresa

25 Maio 2022

Entenda por que muitas pessoas estão pedindo demissão e veja o que fazer para impedir que seus talentos escapem

Em 2021, uma onda de pedidos de demissão voluntária começou a gerar preocupação nos Estados Unidos. O país bateu recorde em número de pessoas deixando seus empregos: foram 48 milhões. O movimento, que está espalhando pelo mundo, ficou conhecido como The Great Resignation ou Big Quit, aqui geralmente traduzido como A Grande Renúncia.

Por conta dos índices alarmantes para os empregadores, pesquisas foram feitas para investigar as causas. E os resultados não poderiam ser diferentes: o fenômeno é fruto da pandemia e do novo olhar que as pessoas estão destinando ao trabalho. Neste artigo, você vai entender os motivos e, mais do que isso, saber o que é preciso fazer para evitar os pedidos de demissão na sua empresa.

O que é a Grande Renúncia 

Em abril de 2021, uma luz vermelha se acendeu nos Estados Unidos a partir de uma onda de demissões voluntárias. No final do ano, chegou-se a um recorde de 48 milhões de pessoas renunciando aos seus cargos. E o número não parou de crescer. No início de 2021, os níveis continuaram acima dos anteriores à pandemia no país.

Olhando mais a fundo para a origem do problema, chegou-se à conclusão de que a crise sanitária que abalou o mundo teve grande responsabilidade sobre esse fenômeno. Isso porque as pessoas começaram a rever suas prioridades, buscar mais qualidade de vida, desejar mais flexibilidade e repensar o papel do trabalho no cotidiano.

E não estamos falando simplesmente de trocar de trabalho. O movimento deixa claro que os profissionais estão dispostos a assumir o controle de suas carreiras e de suas vidas, fazendo valer suas expectativas. Caso contrário, renunciam para buscar algo que tenha mais significado.

Nesse sentido, as empresas precisarão fazer uma autoanálise e entender se o que oferecem está de acordo com as necessidades e os desejos dos trabalhadores de hoje. Está claro que não há mais espaço para modelos engessados, cargas de trabalho excessivas, desigualdades, falta de reconhecimento e uma lista de outras reclamações já bem conhecidas.

A chegada da Grande Renúncia: movimento no Brasil

Os brasileiros também estão dispostos a mudar suas vidas e a Grande Renúncia tem sido sentida por aqui.
 
De acordo com a última edição do Índice de Confiança Robert Half, estudo que revela as perspectivas de contração e expectativas do mercado de trabalho, 51% dos desligamentos que aconteceram entre outubro e dezembro de 2021 foram pedidos de demissão voluntária.

Além disso, no início de 2022 a Robert Half ainda divulgou que 49% dos profissionais do mercado de trabalho no Brasil pretendem buscar novas oportunidades no decorrer deste ano. Desse total, 61% querem mudar de empresa, mas ficar na mesma área, ao passo que 39% pretendem mudar de segmento ou profissão.

Comprovando essa expectativa, em fevereiro batemos um recorde: foram mais de 560 mil pedidos de demissão segundo o Caged, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados.

Dicas para conquistar a tão desejada retenção de talentos

Diante desse cenário, o que fazer para não deixar que os melhores profissionais pensem em um pedido de demissão? Colocar a retenção de talentos como prioridade para a empresa é o ponto-chave. Veja algumas dicas valiosas para chegar lá:

Manter a escuta ativa
É preciso estar atento ao colaborador e ouvi-lo constantemente. Por exemplo: com a retomada ao presencial, vale entender como cada um prefere trabalhar e oferecer uma jornada com flexibilidade, disponibilizando a possibilidade do modelo híbrido. A confiança precisa ser mútua.

Cuidar do plano de carreira
Outro ponto fundamental é o acompanhamento da jornada de cada um. A empresa tem papel importante no desenvolvimento do colaborador e na oferta de possibilidades de mudanças e de crescimento profissional. É preciso alinhar as expectativas.

Mudar a postura da liderança
Para que o colaborador se sinta acolhido, ouvido e valorizado, é preciso protagonismo da liderança. Gestores, diretores e líderes diretos precisam ser empáticos, oferecer confiança, dar mais autonomia, avaliar e dar feedbacks que impulsionam o profissional e garantem uma gestão mais humanizada.

Investir em uma cultura de DE&I (Diversidade, Equidade & Inclusão)
Com as equipes cada vez mais diversas, é imprescindível que o ambiente de trabalho seja acolhedor, inclusivo, confortável para que cada um se sinta à vontade e possa dar o seu melhor. Para tanto, diversidade, equidade e inclusão devem ser estratégias prioritárias e pautar a cultura organizacional.

Oferecer os benefícios certos
Um pacote de bonificações que atenda as necessidades de cada um é fundamental para mudar a rota, gerando mais qualidade de vida no trabalho. Além dos básicos vale alimentação e vale-refeição, vale-transporte, plano de saúde, inclua as opções de apoio psicológico, financeiro e jurídico (como o Apoio Pass, da Sodexo), vale-cultura, benefício academia e outros multibenefícios flexíveis.
 
Concluindo
Definitivamente, as relações de trabalho estão em transformação. Para garantir a retenção de talentos e afastar o fantasma da Grande Renúncia é preciso olhar para as pessoas que fazem parte da sua equipe e permitir que elas consigam conciliar a vida pessoal e o trabalho, elevando a qualidade de vida e gerando um sentimento de reconhecimento e valorização.
 
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Até a próxima!