conheca as 7 tendencias de 2023 para o varejo

Conheça as 7 tendências mais fortes de 2023 para o varejo de alimentos

27 Fevereiro 2023

Especialistas identificam pontos importantes para restaurantes, supermercados e demais estabelecimentos do setor de alimentação acompanharem as mudanças e crescerem este ano.

Não importa o contexto econômico, o varejo de alimentos está sempre presente no cotidiano do brasileiro. E, passada a pandemia da Covid-19, ficaram as lições, novos hábitos e transformações profundas no comportamento do consumidor. Afinal, no fim das contas, tudo é sobre ele e sobre como superar as expectativas em relação à jornada de compra. Está claro que, cada vez mais, o cliente está empoderado e o que vale é a sua percepção de valor.

Nesse sentido, estamos falando de algo que já foi considerado tendência, mas que hoje precisa ser visto como prática natural dos negócios: a garantia da melhor experiência de compra a partir da personalização do atendimento.

"A experiência envolve mais do que o ato de comprar. O que leva o consumidor a decidir pela compra com você é o que a sua marca faz para atraí-lo, encantá-lo, fidelizá-lo", aponta Mariana Cerone, Gerente de Consumer Revenues, da Sodexo. E aqui, falamos de vivência da jornada, preço, conveniência, estratégia de varejo de omnichannel, interação, facilidade nos meios de pagamento e tudo o que transforma a experiência.

Colocando o consumidor no centro e tendo a ciência de que os desafios ainda persistem, confira as tendências mais importantes que devem balizar as estratégias de marketing para varejo alimentar de restaurantes, supermercados e demais estabelecimentos do setor em 2023.

Hiperconveniência

O termo ganhou popularidade há algum tempo no Brasil, mas agora o conceito deve se estabelecer de vez. E aqui, estamos falando de um olhar muito cauteloso para os diferentes consumidores.

Por um lado, grande parte dos clientes busca cada vez mais a praticidade e a comodidade na hora das compras. Nesse sentido, brilham aos olhos os mercadinhos dentro dos condomínios residenciais, as vending machines, os serviços de entrega rápida, os caixas de autoatendimento e as lojas com lockers (onde você compra online e retira no espaço físico sem precisar ter contato com o vendedor), entre outras opções já encontradas no varejo de alimentos no Brasil.

E as tecnologias do setor varejista estão cada vez mais aprimoradas, com capacidades impressionantes de conhecer e identificar o cliente por meio de dados de aplicativos, leitura facial quando ele entra na loja, entendimento do comportamento do consumidor dentro do estabelecimento, tudo para que seja possível oferecer a melhor jornada para cada indivíduo. 

"O uso da inteligência artificial ligada ao dados gera uma atuação muito personalizada e diretiva para alcançar aumento de vendas e melhor experiência do consumidor", aponta o Diretor Executivo de Estabelecimentos da Sodexo, Antônio Aguiar, Tombé, que conferiu essas tendências na última NFR Retail Show, a maior feira do setor de varejo do mundo.

Porém, é preciso levar em conta uma fatia importante de consumidores que não vive essa realidade. E o bom varejista precisa olhar para todo mundo.

"Um exemplo interessante vem de um mercado holandês que criou um caixa exclusivo pensando nos idosos que querem conversar. Para esse público sênior, ir ao mercado é um ritual, envolve contato com as pessoas e trocas", explica Mariana.

Ou seja, a conveniência está absolutamente atrelada ao comportamento do consumidor do seu estabelecimento. Somente conhecendo o público é possível planejar a melhor jornada.

Omnicanalidade

Estar em diferentes canais (estratégia ominichannel) é muito importante, porém, mais do que estar presente, é preciso encontrar a melhor estratégia para agradar e atrair os clientes no mercado de varejo. As opções de canais são muitas e não é preciso investir uma fortuna para encontrar o melhor caminho.

Mariana exemplifica com um case simples que ela mesma vivenciou:

"Conheci uma quitanda de bairro que começou pequena e sem faturamento para investir em tecnologias caras. Mas o dono do estabelecimento sabia da importância de fidelizar os clientes. Por isso, lançava mão de promoções e fez um trabalho impecável via WhatsApp".

Ela conta que o empreendedor seguia à risca um calendário de comunicação desenhado por ele e apostava em estratégias simples para fidelização. Em dias frios, por exemplo, enviava uma mensagem sugerindo uma receita de sopa, se colocando à disposição para entregar os ingredientes do prato na casa do consumidor.

"Com o uso certeiro do WhatsApp ele me tirou dos grandes sacolões que investem pesado na briga pela fidelização", conta.

;É claro que há outras tecnologias muito eficientes e que provocam grande efeito, mas o case acima é um exemplo claro de que saber usar os dados e os canais corretos para personalizar as ofertas é o mais importante no mercado de varejo alimentar.

 

"Muitas vezes o básico é muito eficiente, basta entender o consumidor para encontrar as oportunidades certas para vender", completa Tombé.

Social commerce

O comércio feito pelas redes sociais já era um caminho promissor e, agora, vem conquistando a confiança do mercado de varejo alimentar no Brasil.

Um exemplo de sucesso bem atual foi a live promocional da influencer Virgínia Fonseca e de Samara Pink, da marca We Pink, transmitida pelas redes sociais e YouTube, que durou 12 horas e teve como resultado um faturamento próximo de R$ 15 milhões para a marca.

A pesquisa Social Commerce 2.0, feita pela All In com Opinion Box, revelou que o live commerce está ganhando adeptos: 28% já fazem compras dessa forma e 35% pretendem testar. E por que os consumidores gostam desse modelo? 61% responderam que buscam o live commerce pelos cupons de desconto e 54% porque nessas lives conseguem ter mais explicações sobre os produtos.

As plataformas preferidas dessa turma que assiste e compra são Instagram (70%), YouTube (55%) e Facebook (41%).

Outro bom exemplo do uso das redes para aumentar a capacidade de vendas vem da carioca Karol Chokyu, conhecida como Karol Babadeira. A primeira influencer dos supermercados, que deu uma força para a reinvenção do setor, já contabiliza quase 230 mil seguidores no Instagram.

A rede de supermercados Royale, da família de Karol, tem 60 anos, sendo que há três ela decidiu dar uma guinada no marketing para varejo alimentar. Começou a olhar para o Instagram como uma oportunidade de apresentar itens de fabricação própria do supermercado e, percebendo o engajamento, passou a investir seu tempo na rede.

A aposta deu tão certo que a influencer logo ganhou voz e milhares de seguidores. Tanto que, em 2020, acertou uma parceria com a Nestlè, com produtos exclusivos para o Royale que se esgotaram em menos de 48 horas no Dia das Mães e, depois, no Dia dos Namorados.

Cases como esse confirmam que humanizar as marcas é uma boa alternativa para atrair e fidelizar o consumidor. Por meio das redes, é possível ter voz, conversar com a audiência, ouvi-la em tempo real e colocar a empresa no trilho certo para agradar o cliente.

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"Dá trabalho investir nos canais sociais? Bastante! Mas o resultado positivo vem. Cada plataforma tem um formato, mas não tenha medo de testar. No começo pode ser desafiador, mas depois fica natural se comunicar", sugere Mariana.

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