Por que a sororidade é tão importante no ambiente de trabalho? Todas ganham!

Desvendando a sororidade: Como mulheres podem conquistar o mercado de trabalho juntas

25 Outubro 2023

Leia o artido de Fabiana Galetol, diretora executiva de Pessoas na Sodexo Benefícios e Incentivos

Leia o artigo de Fabiana Galetol sobre suporte ao funcionário

Equidade de gênero, oportunidades e recompensas mais justas: ainda existe um longo caminho pela frente para alcançarmos o mundo ideal quando falamos sobre mulheres no ambiente de trabalho. Estes são temas amplamente abordados em todo o mundo, mas que ainda são discussões muito atuais e necessárias. Mas quantos debates ou reconhecimentos você já ouviu sobre o papel da mulher e o mercado de trabalho? Muito além do que falarmos sobre o futuro, é importante também olharmos para trás e vermos os importantes avanços conquistados por mulheres que marcaram gerações e como eles ainda impactarão diversas outras pela frente, transformando o mercado de trabalho em um ambiente inclusivo dia após dia.

Embaso minha tese com um case muito interessante que talvez você desconheça. Marie Curie foi uma cientista que descobriu os elementos químicos Rádio e Polônio, em 1903, sendo nada menos do que a primeira mulher a ser reconhecida com o prêmio Nobel, além de ser a única a ganhar a premiação duas vezes, em categorias diferentes. Marie também foi a primeira professora mulher a lecionar na Universidade de Sorbonne, na França. Uma mulher que quebrou paradigmas e abriu caminho para muitas outras. Essa história inspiradora pode ser conferida na Netflix, no filme Radioactive.

Mas voltando aos dias atuais e focando em números, segundo um estudo da Organização Internacional do Trabalho (2022), as empresas podem ter um incremento entre 5% e 20% nos lucros garantindo mais diversidade em seus times. Isso quer dizer que, quando trabalhamos com pluralidade e empatia no mercado de trabalho, os ganhos são vários – seja do ponto de vista financeiro ou de inclusão e desenvolvimento da sociedade.

Nos últimos anos, o mercado deu um salto evolutivo, mesmo que ainda exista muito a se fazer para a promoção da igualdade de gênero e importância da mulher no mercado de trabalho. Falando especificamente sobre elas, divido aqui outra curiosidade: a presença feminina nas empresas teve início com as Guerras Mundiais.

De lá para cá, a atuação da mulher no ambiente de trabalho mudou graças à capacidade intelectual, de trabalho e de soft skills, como inteligência emocional, trabalho em equipe, gestão de crises e a habilidade de ser multitarefas. Tais características são facilmente encontradas em nós, mulheres que se apoiam e se ajudam, mulheres que apoiam mulheres. E junto com o nosso potencial estratégico e operacional, nossos conhecimentos técnicos e o desejo (talvez até necessidade) de nos provarmos merecedoras, essas características têm nos levado a patamares cada vez mais altos.

Tanto é que, hoje, ocupamos cargos de liderança em órgãos públicos, em grandes corporações, em entidades de pesquisa, em projetos de tecnologia, investimentos, áreas militares e onde mais se possa pensar.

E nós, mulheres, ainda vamos além! Conciliamos o trabalho com as “funções” de mãe, esposa, filha, responsáveis pela casa e muito mais. A verdade é que temos como fortaleza a nossa resiliência, mas fica aqui um alerta para que nos cuidemos (física e mentalmente) tanto quanto cuidamos dos outros – do emprego e das pessoas.

E é também nesses casos que temos que exercer a sororidade, uma palavra que até 2020 sequer estava presente em todos os dicionários da língua portuguesa, mas que é de um peso imensurável para nós, e que se refere a ações e sentimentos que promovem mais empatia entre mulheres, solidariedade e companheirismo. Por meio da sororidade feminina, nós mulheres, juntas, devemos cuidar umas das outras, reconhecermos umas às outras, impulsionarmos umas às outras, nos apoiarmos e abrirmos caminhos para nós mesmas e para as muitas outras gerações de mulheres que estão por vir.

Os vieses são inconscientes e cabe a nós também derrubá-los. Muito do que as mulheres ainda são expostas em diferentes situações é um reflexo cultural, que nos acompanha há gerações e que está enraizado nos subconscientes. O exercício para reverter é diário e já está em curso pela  sociedade, que caminha na direção correta da igualdade, empatia e sororidade, mesmo que ainda exista um longo trajeto a ser trilhado dentro e fora das empresas.