dois homens de diferentes idades sorrindo no trabalho.

Etarismo no mercado de trabalho: o que é e como combater

28 Julho 2025

Veja o que é esse tipo de discriminação e de quais formas ela impacta a saúde mental dos profissionais, bem como a companhia como um todo.

Apesar dos avanços em diversidade e inclusão nas organizações, o preconceito baseado na idade ainda é uma barreira silenciosa no mercado de trabalho. 

Conhecido como etarismo, ageísmo ou idadismo, esse tipo de discriminação etária é mais comum do que se imagina: profissionais maduros, muitas vezes com vasta experiência e qualificações, enfrentam dificuldades para se manterem empregados ou se recolocarem, enquanto jovens lidam com estigmas relacionados à suposta falta de preparo. 

A Organização Mundial da Saúde (OMS), inclusive, ressalta que esse tipo de discriminação é um grande risco à saúde mental das pessoas, podendo levar os profissionais à marginalização e ao isolamento social. Nesse cenário, discutir o impacto do etarismo no mercado de trabalho e repensar práticas de gestão de pessoas torna-se essencial para construir não apenas ambientes corporativos verdadeiramente inclusivos e produtivos, mas também uma sociedade cada vez mais igualitária e próspera.

Mas o que é o etarismo no trabalho, como promover a diversidade etária nas empresas na prática, e como combater o etarismo no mercado de trabalho? É exatamente o que a Pluxee vem te contar nesse artigo!

O que é etarismo?

Segundo a OMS, o etarismo é um preconceito de idade, ou seja, estereotipar ou manifestar algum tipo de discriminação por pessoas por conta de suas idades. Não há uma faixa específica, e todas as pessoas podem sofrer etarismo ao longo da vida, porém acontece com maior frequência entre os idosos. 

Entre as possíveis consequências desse comportamento, a consultoria Gartner destaca a piora da saúde mental de quem passa por situações do gênero. Por isso, é urgente combater o problema do preconceito com idosos, sobretudo dentro das empresas.

Como o etarismo se manifesta no trabalho

Os dados sobre etarismo no mercado de trabalho não mentem: infelizmente, 57% dos brasileiros com mais de 40 anos já sofreram algum tipo de discriminação por idade, segundo um estudo feito pelo site Infojobs.

Mas quem está no início da carreira também enfrenta obstáculos: uma pesquisa feita pela consultoria Mindsight mostrou que estagiários são os que possuem mais dificuldades em conseguir oportunidades (o índice de desemprego é de 68%). E mais: 81% dos jovens profissionais disseram que não foram contratados por não cumprirem todos os requisitos exigidos para as vagas. 

Tais indicadores demonstram que o etarismo no mercado de trabalho é comum, e se manifesta de diferentes maneiras. Segundo um estudo feito pela EY e pela Maturi, 78% das empresas brasileiras assumem que possuem um perfil etarista. E tudo começa com a contratação – muitas vezes, a idade é um fator decisivo para formar os times, que estão ficando cada vez mais homogêneos.

O idadismo também se manifesta no dia a dia, com comentários desrespeitosos como: "está no fim de carreira", "foi culpa do estagiário" e "a empresa precisa de sangue novo", entre muitos outros. No que diz respeito à participação nas tarefas, o preconceito por idade pode barrar ou excluir ideias, sugestões e comentários, indo contra o conceito de segurança psicológica.

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Por que a diversidade de gerações é tão importante?

Além de ferir e impactar a saúde mental das pessoas, o etarismo no trabalho interfere no clima organizacional, na imagem da companhia e na performance dos colaboradores –  daí a importância de combater o preconceito etário. Em contrapartida, quando há um ambiente diverso e permeado por respeito, a troca entre os times tende a ser mais rica.

Profissionais de diferentes gerações se complementam, fazendo circular informações e experiências, e os resultados tendem a ser mais criativos e inovadores, o que se reflete nos lucros da companhia, de acordo com um estudo realizado pela consultoria McKinsey.

Segundo a Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), diferentes gerações convivem no mercado de trabalho:

  • Geração Tradicionalista: nascidos até 1946
  • Geração Baby Boomer: nascidos entre 1946 e 1964
  • Geração X: nascidos entre 1965 e 1981
  • Geração Y ou Millennials: nascidos entre 1980 e início dos anos 1990
  • Geração Z ou Plurais: nascidos entre 1990 e 2010
  • Perennials: as exceções, ou seja, pessoas que não se identificam com gerações, mas sim com hábitos e estilos de vida.

Outra grande vantagem da diversidade de gerações no ambiente de trabalho é a redução do turnover: uma empresa humanizada faz os funcionários se sentirem valorizados e acolhidos, reforçando a companhia como uma marca empregadora. Esse fator conta muitos pontos para a sua imagem junto ao mercado, uma excelente aliada da sua estratégia ESG!

Como detectar o etarismo no trabalho

Para entender se há etarismo no local onde você trabalha, fique de olho se:

  • As pessoas estão fazendo comentários preconceituosos sobre o tema;
  • Há muitas contratações de pessoas com o mesmo perfil;
  • E um volume de demissões com a mesma premissa;
  • Somente profissionais de uma certa faixa etária estão sendo promovidos.

Mas como combater o preconceito no mercado de trabalho?

Primeiro, o respeito e a diversidade devem ser valores presentes na cultura da empresa. Só assim as equipes seguirão a mesma premissa. 

Tenha políticas claras nesse sentido, e apresente todas elas no momento do onboarding. No dia a dia, promova cursos, encontros e debates sobre o tema – a informação é crucial para combater o preconceito no mercado de trabalho.

O RH também pode trabalhar planos de carreiras humanizados, com oportunidades de crescimento e desenvolvimento para todas as idades, evitando os casos de etarismo. Na contratação, nada de excluir candidatos por conta de suas faixas etárias: o foco deve estar nas habilidades que as pessoas possuem. Para ajudar nesse processo, muitas companhias recorrem à técnica de blind recruitment, uma contratação às cegas para evitar qualquer tipo de discriminação. 

E lembre-se: o setor deve ser um ponto de apoio para todos os seus funcionários. Ou seja, é necessário trabalhar a escuta ativa e oferecer suporte psicológico às equipes.

Combata o preconceito com idade no mercado de trabalho!

Infelizmente, o etarismo está presente no mercado de trabalho, e cabe às empresas o papel de combater a desigualdade etária no dia a dia de dentro para fora, com ações para integrar e incluir pessoas de todas as idades nas equipes.

A seguir, deixamos mais alguns dados que evidenciam a prevalência do etarismo no mercado de trabalho e na sociedade, caso você precise de uma contribuição extra para futuras discussões:

  • 24,9% das pessoas desempregadas no Brasil têm entre 40 e 59 anos e 2,9% possuem mais de 60 anos;
  • 1 em cada 2 pessoas já manifestaram algum tipo de preconceito com idosos;
  • Na Europa, pessoas mais jovens se queixam mais de etarismo;
  • 74% das mulheres já sofreram discriminação na busca por trabalho;
  • Para 65% delas, o etarismo deve ser falado e combatido;
  • Em 2040, 56% da força de trabalho será composta por profissionais com mais de 45 anos.

Concluindo

Lembre-se: segundo a OMS, o preconceito com a idade começa na infância e é reforçado ao longo do tempo. Muitas vezes, o etarismo se conecta a outras manifestações discriminatórias, como racismo, sexismo e capacitismo. Ao combatê-lo dentro da sua empresa, você promove um ambiente diverso, permeado por respeito e evita danos à saúde mental das equipes.

E se você quer saber mais sobre como fomentar uma cultura corporativa que incentiva a diversidade, a equidade e a inclusão, confira mais posts no blog da Pluxee!

 

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