Por que a saúde mental impacta a felicidade no trabalho?

Felicidade no trabalho é o que realmente importa

29 Maio 2024

Entenda aqui por que este tema é tão valioso para a vida das pessoas e como você pode contribuir para cultivar a alegria no seu time

Quando existe motivação e felicidade no trabalho, tudo flui melhor. As entregas, o relacionamento com os colegas, a vontade de estar ali, a saúde mental, a vida fora do escritório e muito mais. Só que cultivar esse sentimento é, na verdade, um desafio enorme. Sim, está aí uma tarefa que exige dedicação de sobra, sobretudo dos gestores e da equipe de Recursos Humanos. Afinal, a base para um ambiente alegre e empático é olhar com profundidade para cada pessoa. Cuidar do próximo. Você tem exercitado isso no dia a dia? Vem com a gente entender o seu papel nessa jornada!

  • Vamos falar sobre felicidade no trabalho?
  • Como avaliar os indicadores certos
  • É importante ouvir, olhar e cuidar

Vamos falar sobre felicidade no trabalho?

Que tal começar o nosso papo com o olhar do compositor Tom Jobim sobre a palavra "felicidade"? Ele a define de um jeito bem especial e certeiro: "é como a pluma que o vento vai levando pelo ar. Voa tão leve (...) Precisa que haja vento sem parar". 

Pois é, feliz no trabalho - ou em qualquer outro ambiente, não é nada fácil. Por isso, precisamos desse "vento" constante que o poeta diz. Ou seja, de muitos estímulos para que a alegria esteja presente na nossa rotina. No trabalho, então, o desafio é ainda maior. Cultivar esse sentimento tão valioso depende de uma combinação de esforços. Fabiana Galetol, nossa diretora-executiva de pessoas, diz que a base de tudo é o cuidado com a saúde mental. "Não dá para sentir felicidade no coração se não estivermos bem com nós mesmos", ressalta.

E aqui existe um trabalho gigante a ser feito. Olha só esses números:

Nossa rotina no escritório influencia demais a forma como nos sentimos - e esses indicadores que trouxemos mostram que muita coisa precisa mudar. A empresa, por sua vez, tem um papel muito importante nessa missão: "devemos cuidar das pessoas, com a ajuda de ferramentas que possibilitem que a sociedade como um todo consiga exercer o seu papel de uma maneira melhor", diz Fabiana.

Matthew Phelan, autor britânico de diversos livros sobre o tema e criador da plataforma de engajamento The Happiness Index, que é a solução comercializada com exclusividade no Brasil pela Pluxee com o nome Pluxee Senses, veio até o Brasil bater um papo com o nosso time e disse algo que nos fez refletir. Segundo ele, "a felicidade é um esporte em equipe. Não dá para jogar sozinho". Mas aí fica a dúvida: como bater um bolão nesse assunto?

Avalie antes de agir: dados trazem resultados melhores

Um passo muito importante, na opinião de Matt, é analisar as pessoas, o que estão pensando e sentindo. "É comum avaliarmos os dados racionais, que são mais fáceis de organizar em uma planilha, mas precisamos olhar para questões instintivas, emocionais e reflexivas", explica.

E veja só que exemplo interessante. O autor mostrou que os indicadores de felicidade estavam bem abaixo do normal durante a pandemia de Covid-19. Pouca gente olhou com essa profundidade para os profissionais. E o que aconteceu depois? A Grande Renúncia, um movimento global que ganhou este nome pelos índices altíssimos de pedidos de demissão. Ou seja, a insatisfação fez as pessoas quererem mudar. Por um lado, isso é muito bom. Sinal de que há uma priorização, por parte dos trabalhadores, do autocuidado e da saúde mental.

Só que esse movimento, na opinião de Matt, também deve acontecer dentro das empresas. Daí a importância de ouvir o time. "Quanto mais você aprende sobre a sua equipe, melhor será a sua gestão", destaca. E complementa: "quando olhamos para as emoções, conseguimos tomar decisões melhores". 

Felicidade no trabalho: ouvir, olhar, cuidar

Para Fabiana, uma palavrinha faz toda a diferença nessa história: "autocuidado". É preciso estar bem para ser feliz no trabalho - ou em qualquer outro ambiente. Só que esse estado de espírito depende de muita coisa. E a empresa pode incentivar algumas boas práticas interessantes. Veja só:

Exercícios físicos

  • Promoção de esportes e/ou programas coletivos, como caminhadas e corridas;
  • Oferta de vale-academia;
  • Organização de palestras e workshops sobre o tema.

Ter um momento zen no dia. Nem que seja parar para respirar profundamente

  • Falar frequentemente sobre a importância das pausas;
  • Respeitar horários;
  • Evitar reuniões desnecessárias;
  • Otimizar as entregas;
  • Organizar palestras sobre o tema.

Cuidar da alimentação

  • Oferecer benefícios corporativos, como vale-refeição e vale-alimentação;
  • Ter nutricionistas para orientar;
  • Fazer ações de comunicação interna sobre o assunto.

Dormir bem

  • Incentivar a prática de exercícios;
  • Abordar o tema em comunicados;
  • Fazer listas de boas práticas antes do sono;
  • Não sobrecarregar as equipes;
  • Ter metas palpáveis.

Comemorar as conquistas, sejam pequenas, médias ou grandes

  • Promover integrações do time;
  • Reconhecer o desempenho individual e coletivo;
  • Oferecer recompensas, como viagens e prêmios.

Cuidar da saúde mental

  • Ouvir as pessoas;
  • Ter um bom programa de apoio à saúde mental;
  • Trabalhar a segurança psicológica.

Tudo isso funciona ainda melhor quando a empresa trabalha ativamente a diversidade, sabia? O motivo: faz bem trocar com pessoas diferentes, ouvir pontos de vista distintos. "Felicidade no trabalho é uma jornada coletiva", ressalta Fabiana. Desenvolver esse tema diariamente, com transparência e integração, fará a diferença nos resultados, na opinião da profissional. "Saúde mental é a capacidade para lidar com altos e baixos e imprevistos, todos os dias. A gente precisa se cuidar para poder cuidar do próximo", diz.

Concluindo

Felicidade no trabalho é uma construção diária. E cabe à empresa ser o vento capaz de manter a pluma no ar, sem deixar cair e com toda a leveza que a gente merece. Vamos juntos construir esse ambiente positivo e acolhedor  de pessoas felizes no trabalho??

Até a próxima!