Felicidade no trabalho é o que realmente importa
29 Maio 2024
Entenda aqui por que este tema é tão valioso para a vida das pessoas e como você pode contribuir para cultivar a alegria no seu time
Quando existe motivação e felicidade no trabalho, tudo flui melhor. As entregas, o relacionamento com os colegas, a vontade de estar ali, a saúde mental, a vida fora do escritório e muito mais. Só que cultivar esse sentimento é, na verdade, um desafio enorme. Sim, está aí uma tarefa que exige dedicação de sobra, sobretudo dos gestores e da equipe de Recursos Humanos. Afinal, a base para um ambiente alegre e empático é olhar com profundidade para cada pessoa. Cuidar do próximo. Você tem exercitado isso no dia a dia? Vem com a gente entender o seu papel nessa jornada!
- Vamos falar sobre felicidade no trabalho?
- Como avaliar os indicadores certos
- É importante ouvir, olhar e cuidar
Vamos falar sobre felicidade no trabalho?
Que tal começar o nosso papo com o olhar do compositor Tom Jobim sobre a palavra "felicidade"? Ele a define de um jeito bem especial e certeiro: "é como a pluma que o vento vai levando pelo ar. Voa tão leve (...) Precisa que haja vento sem parar".
Pois é, feliz no trabalho - ou em qualquer outro ambiente, não é nada fácil. Por isso, precisamos desse "vento" constante que o poeta diz. Ou seja, de muitos estímulos para que a alegria esteja presente na nossa rotina. No trabalho, então, o desafio é ainda maior. Cultivar esse sentimento tão valioso depende de uma combinação de esforços. Fabiana Galetol, nossa diretora-executiva de pessoas, diz que a base de tudo é o cuidado com a saúde mental. "Não dá para sentir felicidade no coração se não estivermos bem com nós mesmos", ressalta.
E aqui existe um trabalho gigante a ser feito. Olha só esses números:
- 1 bilhão de pessoas sofrem com algum problema de saúde mental no mundo;
- 350 milhões de indivíduos têm depressão no mundo;
- 86% dos brasileiros possuem algum problema ligado à saúde mental;
- O Brasil é o país mais ansioso do mundo.
Nossa rotina no escritório influencia demais a forma como nos sentimos - e esses indicadores que trouxemos mostram que muita coisa precisa mudar. A empresa, por sua vez, tem um papel muito importante nessa missão: "devemos cuidar das pessoas, com a ajuda de ferramentas que possibilitem que a sociedade como um todo consiga exercer o seu papel de uma maneira melhor", diz Fabiana.
Matthew Phelan, autor britânico de diversos livros sobre o tema e criador da plataforma The Happiness Index, veio até o Brasil bater um papo com o nosso time e disse algo que nos fez refletir. Segundo ele, "a felicidade é um esporte em equipe. Não dá para jogar sozinho". Mas aí fica a dúvida: como bater um bolão nesse assunto?
Avalie antes de agir: dados trazem resultados melhores
Um passo muito importante, na opinião de Matt, é analisar as pessoas, o que estão pensando e sentindo. "É comum avaliarmos os dados racionais, que são mais fáceis de organizar em uma planilha, mas precisamos olhar para questões instintivas, emocionais e reflexivas", explica.
E veja só que exemplo interessante. O autor mostrou que os indicadores de felicidade estavam bem abaixo do normal durante a pandemia de Covid-19. Pouca gente olhou com essa profundidade para os profissionais. E o que aconteceu depois? A Grande Renúncia, um movimento global que ganhou este nome pelos índices altíssimos de pedidos de demissão. Ou seja, a insatisfação fez as pessoas quererem mudar. Por um lado, isso é muito bom. Sinal de que há uma priorização, por parte dos trabalhadores, do autocuidado e da saúde mental.
Só que esse movimento, na opinião de Matt, também deve acontecer dentro das empresas. Daí a importância de ouvir o time. "Quanto mais você aprende sobre a sua equipe, melhor será a sua gestão", destaca. E complementa: "quando olhamos para as emoções, conseguimos tomar decisões melhores".
Felicidade no trabalho: ouvir, olhar, cuidar
Para Fabiana, uma palavrinha faz toda a diferença nessa história: "autocuidado". É preciso estar bem para ser feliz no trabalho - ou em qualquer outro ambiente. Só que esse estado de espírito depende de muita coisa. E a empresa pode incentivar algumas boas práticas interessantes. Veja só:
Exercícios físicos
- Promoção de esportes e/ou programas coletivos, como caminhadas e corridas;
- Oferta de vale-academia;
- Organização de palestras e workshops sobre o tema.
Ter um momento zen no dia. Nem que seja parar para respirar profundamente
- Falar frequentemente sobre a importância das pausas;
- Respeitar horários;
- Evitar reuniões desnecessárias;
- Otimizar as entregas;
- Organizar palestras sobre o tema.
Cuidar da alimentação
- Oferecer benefícios corporativos, como vale-refeição e vale-alimentação;
- Ter nutricionistas para orientar;
- Fazer ações de comunicação interna sobre o assunto.
Dormir bem
- Incentivar a prática de exercícios;
- Abordar o tema em comunicados;
- Fazer listas de boas práticas antes do sono;
- Não sobrecarregar as equipes;
- Ter metas palpáveis.
Comemorar as conquistas, sejam pequenas, médias ou grandes
- Promover integrações do time;
- Reconhecer o desempenho individual e coletivo;
- Oferecer recompensas, como viagens e prêmios.
Cuidar da saúde mental
- Ouvir as pessoas;
- Ter um bom programa de apoio à saúde mental;
- Trabalhar a segurança psicológica.
Tudo isso funciona ainda melhor quando a empresa trabalha ativamente a diversidade, sabia? O motivo: faz bem trocar com pessoas diferentes, ouvir pontos de vista distintos. "Felicidade no trabalho é uma jornada coletiva", ressalta Fabiana. Desenvolver esse tema diariamente, com transparência e integração, fará a diferença nos resultados, na opinião da profissional. "Saúde mental é a capacidade para lidar com altos e baixos e imprevistos, todos os dias. A gente precisa se cuidar para poder cuidar do próximo", diz.
Concluindo
Felicidade no trabalho é uma construção diária. E cabe à empresa ser o vento capaz de manter a pluma no ar, sem deixar cair e com toda a leveza que a gente merece. Vamos juntos construir esse ambiente positivo e acolhedor de pessoas felizes no trabalho??
Até a próxima!