Como apoiar funcionários com burnout?
16 Agosto 2023
Entenda o que a empresa deve fazer para garantir a recuperação de pessoas que sofrem com esgotamento profissional
Síndrome de Burnout tem cura? É uma doença do trabalho recorrente? Há muitas dúvidas sobre o tema, sobretudo porque os diagnósticos de transtorno de Burnout vêm se multiplicando mundo afora. Diante desse cenário, é papel da empresa ajudar a identificar e apoiar corretamente os colaboradores que estão enfrentando sequelas da síndrome de Burnout.
Ter uma postura adequada contribui significativamente para a recuperação de cada um, Mas o que é necessário fazer no dia a dia? É o que contamos detalhadamente neste artigo. Você verá:
O que é a Síndrome de Burnout ?
O esgotamento profissional conhecido como síndrome de Burnout está cada vez mais presente no dia a dia das empresas. É muito provável, por exemplo, que alguém perto de você esteja passando pelo problema. Para se ter uma ideia, um levantamento recente feito pelo International Stress Management Association (Isma) mostrou que o Brasil é o segundo país do mundo com mais casos registrados de Burnout, ficando atrás apenas do Japão.
E mais: cerca de 30% da nossa força de trabalho enfrenta o distúrbio, informou a Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANAMT). Mas, afinal, o que é essa doença e como ela surge?
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a Síndrome de Burnout é "um fenômeno ocupacional, resultado do estresse crônico no local de trabalho que não foi gerenciado com suceso". Os sintomas de Burnout são caracterizados pela organização por três dimensões específicas:
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Sensação de esgotamento ou exaustão de energia;
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Aumento da distância mental do trabalho ou de sentimentos de negativismo/cinismo;
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Eficácia profissional reduzida.
Cabe à empresa, portanto, um olhar atento aos colaboradores para identificar os sintomas de burnout e, então, acolhê-los adequadamente. Para isso, é preciso estabelecer um protocolo com diretrizes do que deve ser feito nesse contexto.
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Como apoiar os funcionários com burnout?
Toda companhia deve ter um plano de ação para auxiliar pessoas com o diagnóstico da síndrome de Burnout. É esse conjunto de regras que orientará a conduta ao longo do tratamento. Olha só as medidas que devem fazer parte deste protocolo:
1 - A primeira atitude a ser tomada é ter uma conversa franca e acolhedora com o profissional. Mostre que você entende a sua condição e que irá suportá-lo.
2 - Conceda uma licença. O período mínimo é de 15 dias, mas pode variar de acordo com a avaliação do responsável pelo diagnóstico. Nesse intervalo, a remuneração é mantida pela companhia. Entretanto, caso seja necessário aumentar esse tempo, o funcionário pode solicitar o benefício de auxílio-doença do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Se o colaborador for efetivamente afastado pelo órgão, passa a ter direito a uma estabilidade de 12 meses no cargo.
Em situações mais graves, quando já não há mais condições de voltar às atividades, a aposentadoria por invalidez pode ser solicitada e avaliada pelo INSS com base em laudos médicos.
3 - Facilite o acesso a tratamentos. Trabalhadores com a síndrome do esgotamento profissional precisam de acompanhamento adequado com especialistas em saúde emocional. Eles têm, inclusive, o direito de solicitar reembolso dos valores do tratamento caso seja provado que foi a empresa que desencadeou o problema.
4 - Busque entender o que aconteceu. Ou seja, os gatilhos. Converse com a equipe, pessoas próximas e, sobretudo, com a liderança. Identificar as causas é uma maneira efetiva de contribuir para o tratamento e ainda evitar que os diagnósticos se multipliquem dentro da companhia.
5 - Ao detectar adversidades em uma determinada equipe ou na empresa como um todo, a sua tarefa é promover mudanças. Como destacou a OMS, o burnout é um "gerenciamento inadequado do ambiente de trabalho". Logo, se algo está incorreto, deve ser modificado. Para isso, envolva sempre a liderança. Promova treinamentos sobre a importância de garantir equilíbrio e bem-estar, revise metas, horário e o que mais for preciso para assegurar a saúde mental e motivação da equipe.
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Lembre-se!
A forma mais efetiva de reduzir os casos de síndrome de Burnout no trabalho é justamente evitar que eles aconteçam! Portanto, busque oferecer um ambiente equilibrado, sem metas agressivas, e que respeite os horários. Conte com o apoio da liderança e considere oferecer suporte psicológico contínuo.
Na Pluxee, por exemplo, há programas e benefícios corporativos voltados à saúde mental e ao bem-estar. O Apoio Pass consiste justamente em disponibilizar orientação psicológica, jurídica, social e financeira aos profissionais (sendo extensível para as famílias).
Outras soluções interessantes: assistências de saúde e nutricional, auxílio-academia, farmácia, telemedicina, serviço odontológico e a cobertura de despesas com farmácia, entre outros. Esse tipo de apoio faz a diferença no dia a dia!
Concluindo
Como tratar Burnout? A síndrome tem cura? A resposta é sim! E você, profissional de RH, tem um papel muito importante nesse processo. Acolher os colaboradores e facilitar o acesso a tratamentos é essencial. No dia a dia, é preciso trabalhar em parceria com a liderança no intuito de garantir um ambiente leve, saudável, acolhedor e produtivo.
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