Linguagem inclusiva: como adotar na empresa
10 Outubro 2022
A comunicação usada no dia a dia é muito importante! Veja qual é a melhor estratégia para acolher as equipes!
"Muito cuidado com aquilo que você fala". Já escutou essa frase? Ela faz todo o sentido na maior parte das situações das nossas vidas. Isso porque as palavras podem magoar, ofender e oprimir. No dia a dia de trabalho, a linguagem utilizada pode ser uma grande parceira da sua estratégia de Diversidade e Inclusão.
Os motivos? Muitos! Fazer uma comunicação empática e livre de preconceitos é fundamental para tornar a companhia um ambiente acolhedor, plural e de muito respeito. E aí, quer saber como trabalhar tudo isso na prática, conhecer mais sobre linguagem neutra, diversidade e inclusão no trabalho? Fique conosco. Você verá:
Por que a comunicação é tão importante para a diversidade?
O ESG (sigla de Environmental, Social e Governance) ganha cada vez mais espaço dentro das empresas - e que bom! Diversidade, equidade e inclusão são tópicos bastante abordados ultimamente dentro e fora do mundo corporativo, muito embora ainda tenhamos um longo caminho a ser percorrido.
Para se ter uma ideia, segundo o estudo 2021 Global Gender Gap Report, realizado pelo Fórum Econômico Mundial (WEF), teremos de esperar 135,6 anos para que a disparidade de salários entre homens e mulheres chegue ao fim.
Entre profissionais LGBTQIAPN+, 61% afirmaram que não falam sobre as suas orientações sexuais com os colegas de trabalho por medo de sofrerem repreensão - e olha que 41% afirmaram que já passaram por episódios de discriminação. Esses - tristes - dados são de uma análise realizada pela KPMG.
Mudar esse cenário exige um esforço enorme e muita conscientização, individual e coletiva. Tal transformação que tanto buscamos deve começar pela forma como nos expressamos. Sim, a linguagem tem um poder enorme! E, se ela for inclusiva, os ganhos tendem a ser maiores. Mas como promover esse tipo de comunicação nas empresas? O que é linguagem neutra? E linguagem inclusiva? Mostraremos a seguir.
Curioso para saber como promover mais respeito e bem-estar na sua empresa?
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O que é linguagem inclusiva?
Quando nos comunicamos, escolhemos um caminho que desejamos seguir. Esse percurso é a linguagem adotada tanto para textos quanto para as nossas falas. Sempre que optamos pela inclusão, nos preocupamos em criar estruturas que não excluem ou diminuem nenhum grupo. Buscamos adaptar o vocabulário para transmitir acolhimento, segurança e empatia. Isso é a chamada linguagem inclusiva.
O objetivo será sempre agregar - nunca excluir ou agredir. Em uma empresa, o primeiro passo para ter uma linguagem inclusiva é buscar entender como as pessoas querem ser chamadas, conhecer nomes e pronomes com os quais se identificam. É um cuidado tão simples e valioso, um verdadeiro abraço para quem vive aprisionado em imposições feitas pela sociedade.
Para exemplificar - e facilitar o seu entendimento - trazemos aqui os principais tipos de linguagens inclusivas:
- Linguagem Não-sexista: não exclui gêneros;
- Linguagem Não-violenta: comunica com empatia;
- Linguagem Antirracista: exclui o uso de expressões racistas;
- Linguagem Anti-capacitista: não utiliza expressões que julguem a capacidade das pessoas.
É fundamental que a comunicação adotada seja pautada por esses direcionamentos que descrevemos acima. Saber combiná-los é essencial para que a estratégia seja eficiente - e não deixe ninguém de lado.
Diferenças entre linguagem neutra e inclusiva
A linguagem neutra é utilizada para que pessoas não binárias (que não se identificam nem com o gênero masculino e nem feminino) ou intersexo se sintam representadas. Ela se baseia na modificação e na criação de novas palavras para trazer representatividade, como "todes", "elu", "amigues".
Esse tipo de comunicação exige uma transformação de termos tradicionais do idioma, uma vez que são utilizadas opções não existentes. No entanto, é uma boa estratégia utilizá-la em conjunto com a linguagem inclusiva, potencializando a diversidade dentro da empresa
Linguagem inclusiva: estratégia eficiente
Um bom caminho é sempre utilizar palavras coletivas. Exemplo: "juventude", no lugar de "os jovens". Deixe alguns pronomes de lado. Em vez de "os profissionais da equipe administrativa", diga "profissionais da equipe administrativa".
Outra dica é nunca usar qualquer tipo de expressão que possa ser ofensiva, como "que mancada!", "lugar de mulher é..", "a coisa está preta", "em terra de cego quem tem um olho é rei", "ovelha negra" e "inveja branca", entre muitas outras. Tenha cuidado ao escolher as palavras - elas nunca devem ofender. Assim você consegue uma comunicação inclusiva.
Para conscientizar as equipes, você pode ainda criar dicionários com frases que devem ser evitadas ou então listas explicando termos interessantes para se utilizar. Na Sodexo, por exemplo, criamos o Dicionário Antimachista e uma lista com expressões racistas que devem ser eliminadas da comunicação.
Concluindo
A comunicação é sempre muito poderosa! Mas ela deve ser feita com cuidado, pois palavras utilizadas de maneira errada podem ofender e excluir as pessoas. Adotar uma linguagem inclusiva, neutra, é essencial para qualquer tipo de empresa. Além de ter um ambiente respeitoso e acolhedor, você ainda garante que os melhores talentos estejam sempre por perto, reduzindo o turnover, e ainda trabalha a sua marca empregadora.
O sentimento de pertencimento é sempre muito importante. Se os seus times têm, certamente as entregas serão muito melhores. E aí, te motivamos a querer saber mais sobre o tema?
Preparamos este infográfico especial sobre linguagem inclusiva e os seus benefícios para os negócios. Baixe agora mesmo, aproveite a leitura e até a próxima!
